Detenção. Contrafação de moeda. Passagem de moeda falsa. MP.

comarca lisboa separador 13

Ao abrigo do disposto na al b) do n.º 13 do art.º 86.º do Código de Processo Penal, informa-se que, após investigação efetuada e mediante o recurso a instrumentos de cooperação internacional e Mandados de Detenção internacional, foi detido um arguido, fortemente indiciado da prática de crimes de contrafação de moeda e de passagem de moeda falsa em concerto com o falsificador.

Segundo os fortes indícios recolhidos, apurou-se que o arguido, de nacionalidade portuguesa, seria o “cabecilha” do grupo que, desde, pelo menos, o início de 2017, juntamente com outros 4 arguidos, foram os responsáveis pela produção de mais de 26 mil notas, maioritariamente de € 50.

O grupo atuava concertadamente, em conjugação de esforços, sendo o arguido agora detido quem recebia os pedidos via “darknet”, ou através de plataformas de conversação encriptada e transmitia aos outros, residentes em Portugal, as “encomendas”.

Por sua vez, os coarguidos, com o conhecimento e de acordo com as orientações do primeiro arguido, compravam o papel e demais itens necessários (encomendados ao continente asiático), executavam a falsificação e remetiam as notas, pelo correio, para os diversos destinatários.

Após os factos, o suspeito fugiu para a Colômbia vindo a ser detido em razão de cooperação internacional e da emissão, pelo Ministério Público, de Mandado de Detenção Internacional.

Este suspeito foi presente ao Juiz de Instrução Criminal para primeiro interrogatório a 2 de setembro, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva.

Nesta investigação, já tinham sido detidas em julho quatro pessoas, dois homens e duas mulheres, pelos crimes de contrafação de moeda e associação criminosa.

No âmbito deste inquérito foram realizadas 8 buscas, domiciliárias e não domiciliárias, tendo sido apreendidas 1833 notas falsas, perfazendo um total de € 69.930,00, bem como diversos objetos relacionados com a produção das notas, nomeadamente, computadores, impressoras, papel de segurança com incorporação de filamento de segurança, hologramas e bandas holográficas autoadesivas, tintas ultravioleta, tinteiros, entre outros. As notas contrafeitas foram apreendidas em praticamente todo o espaço europeu, atingindo um valor superior a 1 milhão e 300 mil euros.

A investigação prossegue sob a direção do Ministério Público da 8.ª Secção do DIAP de Lisboa com a coadjuvação da Polícia Judiciaria, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica e do Laboratório de Policia Cientifica e com a colaboração da EUROPOL.